quarta-feira, maio 22, 2013

Afinal ainda há boas pessoas!


Nos últimos dias, vivi uma série de “aventuras” que me fizeram duvidar do (bom) carácter das pessoas. Desde falta de respeito, chico-espertismo, a machismo e falta de profissionalismo, o que quiserem.

Porém, hoje está a ser o meu dia de recuperar a fé no ser humano!
Não, não ando a pregar para que as pessoas sejam simpáticas e caridosas! Estejam descansados quanto a isso. Mas no dia de hoje já presenciei pelo menos três acontecimentos que me mostram que ainda existem boas pessoas.

Evento nº 1:
No comboio, ia uma senhora sozinha com um carrinho de bebé. Apesar de agora os carrinhos de bebé serem todos “artilhados” e preparados para isto, aquilo e aqueloutro, acredito que deva ser difícil tirar sozinha um carrinho de bebé de uma carruagem do comboio. Ainda o comboio não tinha parado e já um rapaz perguntava: “A senhora quer ajuda para descer com o carrinho?”.
Um aplauso para este senhor! Podem não acreditar, mas não é assim tão comum quanto isso.

Evento nº 2:
Uma movimentada via lisboeta. Um semáforo. Três faixas de rodagem: a da esquerda apenas permite seguir em frente, a do meio permite seguir em frente ou virar à direita e a faixa da direita apenas permite virar à direita. Um carro parado no semáforo na faixa do meio, pretendendo seguir em frente. Atrás dele, um táxi, que pretendia virar à direita.
Existe um desfasamento temporal entre o semáforo que permite virar à direita (que “abre” primeiro) e o que dá luz verde para seguir em frente.
Fica verde para os condutores que pretendem virar à direita. O táxi toca de buzinar incessantemente para que o carro da frente avance. O carro não avança, pois pretende seguir em frente e o sinal ainda está vermelho.
Eis senão quando… dois condutores de duas motas que se encontravam na faixa da esquerda (o assunto não era nada com eles) avisam o taxista que não tem razão para estar a buzinar. Se queria virar à direita e não ter que esperar, teria de escolher a faixa mais à direita. Ainda estiveram uns momentos trocando palavras com o taxista, defendendo o carro parado!
Defender um terceiro no trânsito? Eu, pelo menos, nunca tinha visto tal coisa!

Evento nº 3:
Hoje ao almoço fui tomar café com uma amiga a uma esplanada. No final, dirigimo-nos à caixa para pagar os dois cafés. Só tínhamos uma nota para pagar a despesa. O empregado do café pergunta se não temos dinheiro trocado. Não… Só mesmo a nota.
“Então pagam para a próxima!” – foi a resposta do empregado do café.
Demorámos ainda uns instantes a assimilar o que ele nos dizia e repetia. Nos dias de hoje –  com a crise e tudo mais – ninguém oferece nada a ninguém!
Convém explicar que era a primeira vez que íamos ali e nada garantia ao empregado que lá voltaríamos!

Posto isto, voltei a acreditar que ainda há boas pessoas!